Assassin’s Creed Mirage é o próximo jogo principal da franquia da Ubisoft, que atiçou a curiosidade dos fãs por ter uma proposta diferente dos títulos mais recentes, como Valhalla.

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Situado no Oriente Médio, Mirage promete um retorno às raízes da saga, mas sem deixar a modernidade de lado — e, a convite do estúdio, tivemos a oportunidade de conversar com Stéphane Boudon, diretor criativo do jogo, para conhecer os bastidores e as motivações por trás do projeto.

Começo de Mirage

Bagdá não era a primeira escolha dos desenvolvedores, mas foi a cidade que mais se encaixou na proposta (Imagem: Ubisoft/Captura de tela)

A liderança do desenvolvimento de Assassin’s Creed Mirage está nas mãos da Ubisoft Bordeaux, um dos braços da Ubisoft na França, que surgiu para ajudar outros títulos em produção como Ghost Recon Breakpoint, Rainbow Six Extraction e Assassin’s Creed Valhalla.

Foi assim que o estúdio entrou em território assassino, sendo responsável pela aclamada DLC Ira dos Druidas — e ganhando autoridade para sugerir novos projetos. Então a ideia de Assassin’s Creed Mirage apareceu, mas como uma expansão de Valhalla.

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A ideia, no entanto, agradou tanto os desenvolvedores e os chefões da Ubisoft, que foi expandida para um jogo à parte. “A proposta agradou a todos na Ubisoft e rapidamente virou um jogo standalone. Por isso não tinha muito ainda atrelado a Valhalla, nem mesmo ambientação ainda”, conta Boudon.

Foi então que Mirage apareceu como o próximo grande jogo da saga dos assassinos, com a premissa principal de retomar o que a franquia era antigamente. Tudo o que os desenvolvedores sabiam nessa época era que o jogo voltaria ao Oriente Médio do século IX, mas Bagdá não foi a primeira escolha.

“Pensamos em Jerusalém, Damasco [capital da Síria] e outros lugares, mas não tínhamos muito material para criar uma história legal envolvendo temas políticos e sociais [nessas ambientações], que são muito importantes para a franquia. Mas Bagdá apresentou tudo o que procurávamos”, explica.

Boudon conta que o processo de pesquisa para a recriação de Bagdá e elaboração de histórias pela cidade foi pesado, levando todos a lerem documentos antigos e conversarem com professores, historiadores e especialistas.

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O estúdio tomou cuidado em recriar a Bagdá do século IX com o máximo de fidelidade possível, desde esculturas até estruturas existentes na época. No entanto, nem todas as informações da cidade estão documentadas por aí, o que fez os próprios desenvolvedores preencherem algumas lacunas.

“Por exemplo, sabemos que existia a Casa da Sabedoria, que era a maior biblioteca de Bagdá nessa época, mas não sabíamos exatamente a localização dela na cidade. Então tivemos uma liberdade criativa.”

Com Bagdá como ambientação, a escolha de Basim para o papel de protagonista veio naturalmente, enquanto o estúdio pesquisava por personagens já existentes na franquia Assassin’s Creed. Ele é importante em Valhalla e tem uma personalidade intrigante, além de ter crescido em Bagdá — o que caiu como uma luva para Mirage. “Foi o encaixe perfeito”, frisa Boudon.

O diretor criativo destaca que veremos vários personagens inéditos em Mirage, mesmo com um protagonista conhecido (Imagem: Ubisoft/Captura de tela)

A escolha de Basim, no entanto, intriga os fãs em relação ao Animus. Afinal, quem está revivendo essas memórias? O diretor criativo promete que a pergunta será respondida, mas alerta que o foco de Mirage é a história em Bagdá e teremos pouco conteúdo no presente.

Assassin’s Creed Mirage também chama a atenção com a duração mais enxuta em relação aos títulos recentes da franquia — com uma campanha que dura entre 20 e 30 horas.

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Os motivos para isso foram vários, segundo Boudon. Um deles é que era algo pedido pelos próprios jogadores. O foco em narrativa do jogo também contribuiu a favor, além do tamanho da equipe da Ubisoft Bordeaux (que é menor do que outros estúdios da Ubisoft).

Mais do que uma miragem

Alamut é apenas um dos elementos nostálgicos do jogo (Imagem: Ubisoft/Captura de tela)

Com ambientação, protagonista e duração que se encaixaram de forma surpreendentemente natural, Mirage tem um imenso potencial em reavivar o interesse da comunidade — principalmente dos fãs saudosistas — com Assassin’s Creed.

Boudon ainda avisa que o jogo terá ligações e referências com Valhalla e até outros games da saga, mas também fez mistério para guardar as surpresas.

“Queremos ter surpresas até para os jogadores que conhecem o destino de Basim por causa de Valhalla. Também teremos conexões com outros jogos de Assassin’s Creed, como a já revelada presença de Alamut [onde fica a icônica fortaleza da Ordem dos Assassinos]. Mas não quero dar spoilers agora! [risos]”.

Assassin’s Creed Mirage será lançado no dia 5 de outubro para PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X|S, Xbox One e PC.

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