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Skull and Bones promete aventura fantástica com tudo que piratas têm de direito | Preview

Chegou a hora de içar as velas! Após uma longa e conturbada espera de quase sete anos, Skull and Bones desponta no horizonte, prometendo uma verdadeira aventura pirata para quem quiser se aventurar pelo Oceano Índico.

Com foco em batalhas navais e exploração, o jogo de mundo aberto, capitaneado pela Ubisoft Singapore, teve a participação de 11 estúdios no desenvolvimento: Ubisoft Belgrade, Berlin, Chengdu, Kyiv, Montreal, Mumbai, Paris, Philippines, Pune e Shanghai. Além disso, mais de sete mil jogadores puderam testá-lo ao longo de seis levas do Programa Insider da empresa.

Movida pela curiosidade e a convite da Ubisoft, encarei 26 horas de voo para viajar até Singapura e testar o beta fechado que foi ao ar no dia 15 de dezembro, além de conversar com parte da equipe responsável pela criação do game para entender um pouco melhor como Skull and Bones conseguiu navegar até aqui.

Desbravando o Oceano Índico

Assim que as apresentações começaram, o que mais chamou atenção foi a ambientação de Skull and Bones. Fugindo das águas caribenhas, tão exploradas em outros títulos piratas, o mundo aberto da Ubisoft usa o Oceano Índico como pano de fundo para as aventuras.

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“Os piratas mais famosos, que vocês provavelmente conhecem, são do Caribe”, comentou Ian Goh, roteirista do game, durante a apresentação. “Esperamos que, ao estabelecer o jogo no oceano Índico, possamos entregar uma experiência nova.”

Isso abre um leque de oportunidades para apresentar ao público culturas que ainda não foram muito exploradas na mídia. As quatro principais áreas do game são inspiradas em Madagascar, na costa da África e em lugares do sudeste asiático, como Malásia, Tailândia, Indonésia e, claro, a própria Singapura.

(Imagem: Skull and Bones/Ubisoft/Divulgação)

Goh explicou o tom da narrativa como “sombrio”, mas não por ser violento de graça, e sim por usar histórias reais como inspiração. A história se passa por volta de 1700, considerada a “Era de Ouro” da pirataria, e usa acontecimentos históricos da época como base para criar a trama, construir personagens e guiar o jogador pelas águas conturbadas e morais dúbias dos piratas: “Acho que as pessoas vão ficar intrigadas. Vai ser uma nova experiência para eles”.

Erik-Jon Evangelista, diretor de áudio do game, ainda complementou a ideia:

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“Estamos muito orgulhosos em poder contar as histórias dessa região. Não é só Singapura, é de toda a região. Então queremos tentar transmitir isso por meio do jogo.”

Embora tenha a base na realidade e acontecimentos históricos, Skull and Bones não podia deixar de apresentar elementos fantásticos para trazer camadas novas de dificuldade.

Realista, mas nem tanto

Navegando entre o realismo e o lúdico, o jogo aproveita a temática pirata para trazer os maiores pesadelos dos sete mares.

Ao se aventurarem durante a noite, jogadores podem ser surpreendidos por uma névoa e um destino terrível: um encontro com um navio fantasma. Assim como nas lendas, desenhos e inúmeras representações da cultura pop, será possível engajar em batalhas contra uma tripulação etérea. Como matar o que já morreu? Nós também não descobrimos ainda.

(Imagem: Skull and Bones/Ubisoft/Divulgação)

Outro desafio que promete causar problemas até mesmo para os comandantes mais intrépidos são os monstros marinhos, criaturas gigantescas e determinadas a destruir as embarcações que cruzarem seus caminhos. Ao encontrar um deles, a dica é enfrentá-lo com a ajuda de outros navios — ou, se estiver sozinho, fugir o mais rápido possível.

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Essa dose de fantasia dá aos desenvolvedores a liberdade criativa para que eles encontrem maneiras de surpreender os jogadores, além de trazer uma nova camada de dificuldade para o game.

Meu barquinho, minha vida

Skull and Bones tem dois momentos muito distintos. O primeiro deles é a rota para se tornar capitão de seu próprio navio, e os jogadores terão que começar de baixo (beeeeem de baixo) para provarem seu valor como comandante marítimo.

Essa jornada, porém, traz um aspecto bem legal do jogo: desbravar o oceano usando diferentes embarcações. Como é de se esperar, o primeiro barco disponível não é muito veloz e nem tão bonito, mas, progredindo na sequência de missões principais, é possível pegar um novo navio rapidinho.

Logo de cara, já pude sentir a diferença entre uma embarcação e outra, tanto na velocidade quanto no ato de pilotá-lo. A promessa é que cada uma das embarcações seja distinta, mas isso é algo que só poderá ser confirmado na versão completa.

Um barco maior comporta uma maior quantidade de canhões e, consequentemente, é capaz de causar mais destruição às frotas inimigas. O combate é o ponto central de Skull and Bones, e nada mais justo que refletir esse aspecto nas embarcações.

A princípio, brigar contra outros navios pode parecer bem complicado, pois é preciso prestar atenção em muitas variáveis para tirar o melhor proveito do poder de fogo. Jogadores precisam manobrar, mirar e atirar, além de desviar dos canhões inimigos e reparar o casco rapidamente para não afundarem — com tripulação e tudo.

(Imagem: Skull and Bones/Ubisoft/Divulgação)

Aqui, vale lembrar que o projeto que deu origem ao título nasceu justamente do combate naval de outro jogo da empresa, o Assassin’s Creed Black Flag, cuja parte de ação marítima foi aclamada pela crítica e público — e que também foi desenvolvida pelo Ubisoft Singapore.

O resultado é instigante e bem divertido. A sensação de recompensa ao derrotar uma frota inteira por conta própria, ou ao conseguir dar o “golpe de misericórdia” quando chega-se perto o bastante para invadir o barco inimigo, definitivamente vale a pena. Isso, e as recompensas, incluindo materiais que podem ser de uma qualidade melhor e mais rara, caso o jogador consiga embarcar no navio para pilhá-lo antes de mandá-lo para o fundo do oceano.

Caso o oposto aconteça e, infelizmente, o jogador tenha o navio afundado pelo inimigo, é possível renascer no último ponto de controle e navegar até o local onde foi derrotado para recuperar itens e materiais perdidos. Derrotas consecutivas diminuem a vida total do navio, então é importante tomar cuidado e reparar o casco antes de se jogar ao mar para recuperar os tesouros, mas também é igualmente importante voltar para o local do naufrágio rapidamente para que nada seja perdido nas águas profundas.

Algo para todo mundo

Embora o jogo brilhe no combate naval, curiosamente foi a parte de coleta de recursos e exploração que ganhou meu coração.

Poder cruzar as águas do Oceano Índico meio sem rumo, mapeando a costa e encontrando novos vilarejos para trocar mercadorias (ou pilhar) foi bastante divertido e, mais do que isso, tranquilo. Confesso que evitei diversas frotas inimigas para continuar meu passeio, coletando recursos e ingredientes para descobrir novas receitas quando atracasse.

(Imagem: Skull and Bones/Ubisoft/Divulgação)

Porém, minhas decisões tiveram um custo inesperado. Quando decidi voltar para a ilha principal para continuar a missão de história, descobri que não tinha dinheiro o bastante para desfrutar da viagem rápida… e estava do outro lado do oceano, num ponto bem distante no mapa. A vida de um pirata pacífico certamente não é a mais fácil.

Com a lição aprendida, resolvi pilhar uma das ilhotas no caminho de volta e aprendi algo novo: não é nada fácil entrar em combate contra uma vila, ainda mais quando ela possui fortificações. Desisti na metade do processo, icei minhas velas e cortei as ondas o mais rápido que consegui para evitar mais problemas.

Cuidado com a água

O título dessa seção pode ser lido de duas maneiras — e ambas estão corretas.

(Imagem: Skull and Bones/Ubisoft/Divulgação)

Primeiro, é interessante ver quanto cuidado foi colocado na água do jogo. A apresentação teve uma parte completamente dedicada somente à água de Skull and Bones, falando não apenas sobre como os desenvolvedores queriam que diferentes tamanhos de onda gerassem sensações variadas aos jogadores na navegação, mas também como o estudo de química e refração da luz foi vital na hora de compor o elemento mais presente do mundo aberto.

A água muda de cor de acordo com os sedimentos presentes na composição, podendo aparecer em tons avermelhados, verdes, azuis e marrons, dependendo da posição geográfica em que se encontra e da profundidade. Tudo isso foi estudado e analisado cuidadosamente, para que os elementos apresentados no produto final sejam um reflexo da realidade.

Mas, além de se preocupar com a água que está ao redor da embarcação, quem quiser se tornar um pirata de renome também vai precisar tomar cuidado com a água que cai de cima.

Durante a sessão de gameplay, me vi no olho da tempestade e tive que aprender a lidar com ela rapidamente. O mundo de Skull and Bones possui um monte de mudanças climáticas que, consequentemente, afetam os mares e os deixam mais violentos. Os jogadores ficam à mercê de ondas gigantes e ventos fortes, que geralmente sopram na direção contrária que você gostaria, ainda mais quando está tentando fugir de uma frota inimiga.

Uma vida pirata para mim?

Testei o jogo por cerca de quatro horas, e posso dizer que me diverti — bem mais do que esperava! Talvez minhas aventuras não tenham sido dignas do título de conquistadora ou de loba dos sete mares, mas sinto que explorei bastante o Oceano Índico e vivenciei várias histórias para contar para os amigos. E ei, esse é o objetivo de Skull and Bones, com potencial para agradar tanto os jogadores mais casuais quanto os competitivos.

(Imagem: Skull and Bones/Ubisoft/Divulgação)

Falando em amigos, também não posso deixar de comentar que a campanha principal poderá ser jogada de forma cooperativa, com até mais outros dois jogadores, o que dá uma abertura ainda maior para a criação de momentos engraçados e risadas.

Seja sozinho ou com companhia, certamente há potencial em Skull and Bones para conquistar uma comunidade logo de cara. Agora, só nos resta esperar a versão final e a recepção dos jogadores para ver se esse navio zarpará com sucesso.


Skull and Bones será lançado para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC no dia 16 de fevereiro de 2024.

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*Esta matéria foi feita em colaboração com Tayná Garcia

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