Após uma estreia com os dois pés no acelerador, a segunda temporada de Loki continua a busca por Sylvie e a corrida para salvar a AVT no segundo episódio. Intitulado “Quem é Brad”, o capítulo foi ao ar na última quinta (12) e trouxe o bom e velho trabalho braçal de Loki (Tom Hiddleston) e Mobius (Owen Wilson) por diferentes eras, mas também importantes reflexões sobre livre arbítrio e escolhas.

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[Zona de Spoilers de Loki abaixo]

Quem é Brad” abre com a dupla chegando à Londres da década de 1970. Mobius e o Deus da Trapaça vão, na beca, à sessão de gala do filme Zaniac, estrelado por um tal Brad Wolfe. O ator, na verdade, é o caçador X-5 (Rafael Casal), que decidiu mandar a agência temporal às cucuias e levar uma vida de luxo na Linha do Tempo Sagrada.

Wolfe vira pessoa de interesse para os protagonistas por ser um dos poucos tempads detectados na caçada da AVT por Sylvie (Sophia Di Martino), o que indica que o caçador/ator sabe onde a variante de Loki está.

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Loki e Mobius encontram Brad Wolfe na Londres da década de 1970. Crédito: Marvel Studios/Reproução

Após uma reunião não tão agradável com Loki e Mobius, X-5 tenta fugir da dupla, mas é capturado após uma perseguição pelas ruas da capital inglesa. A sequência tem o irmão de Thor fazendo jus à alcunha de trapaceiro, numa sequência interessante na qual Loki usa ilusões e sombras para capturar Brad Wolfe.

Ignorância é uma benção

De volta à AVT, Wolfe é interrogado por Loki, Mobius e a caçadora B-15 (Wunmi Mosaku). O trio precisa encontrar Sylvie antes dos senhores de guerra da agência, dispostos a detonar (literalmente) todas as ramificações da Linha do Tempo Sagrada para retomar a normalidade no multiverso.

A cena tensa tem Wolfe/X-5 esfregando na cara de Loki o quão hipócrita seria o personagem tentar salvar o multiverso, visto que ele próprio foi o causador de tanta desgraça ao longo das tramas anteriores do MCU. Embora o Deus da Trapaça segure bem a provocação, Wolfe termina tirando Mobius do sério indagando o agente da AVT sobre o motivo de ele não ter sequer o interesse de saber o que o esperaria na Linha do Tempo Sagrada.

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Aqui, Loki pisa no freio da ação para mergulhar nos debates filosóficos que envolveriam a situação dos personagens. Ao matar Aquele Que Permanece (Jonathan Majors) e liberar as ramificações na linha temporal, Sylvie, de certa forma, forneceu o livre arbítrio ao espaço-tempo. No sentido de que aquelas ramificações têm uma infinidade de vidas. Poderiam elas continuarem a ser sacrificadas pelo bem maior?

O roteiro ilustra bem as diferentes visões do tema na pele dos próprios personagens. Enquanto Wolfe não quer saber de mais nada além da própria vida na Linha do Tempo, que lhe foi roubada, Mobius revela seu temor quanto a saber o que de fato o espera numa das cenas mais tocantes do episódio.

Loki e Mobius saboreiam torta de climão. Crédito: Marvel Studios/Reprodução

Saboreando uma torta de limão, o personagem de Owen Wilson conversa com Loki sobre o que possivelmente foi tirado de Mobius quando foi retirado de seu próprio tempo e espaço para servir à agência. Loki insinua que o agente teria receio de ter uma vida pior na Linha do Tempo Sagrada do que nos corredores da agência, ao que Mobius, reflexivo, devolve: “Não. Algo ruim eu suportaria. Mas e se for bom?”.

Procurando por Sylvie

De buchinho cheio e determinação restaurada após uma conversa de coração aberto, a dupla retorna à cela de Brad Wolfe, mas com menos boa vontade. Se o caçador não cooperou por bem, uma dosezinha de tortura nas mãos do Deus da Trapaça terá que servir. Wolfe então concorda em finalmente levar a dupla à causadora de toda a confusão pelo multiverso.

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Loki, Mobius e Wolfe chegam à linha do tempo alternativa escolhida por Sylvie. A Loki mulher leva uma vida pacata com atendente do McDonald’s e certamente tem um lugar garantido no inferno por nos fazer desejar um lanche da franquia a cada cena em que aparece (em algum lugar da linha do tempo, a dieta do redator já foi embora).

Loki e Sylvie têm o aguardado reencontro, mas em clima agridoce. Afinal de contas, na última vez que o casal se viu, a variante empurrou o amado por uma porta temporal. Como se espera, Sylvie não quer absolutamente nada com a missão de Loki, e pouco se a importa se a AVT for destruída. Mas a personagem terá de lutar, mesmo contra a própria vontade, porque o mundo que ama também está ameaçado.

Loki finalmente reencontra Sylvie no segundo episódio. Crédito: Marvel Studios/Reprodução

Isso porque Wolfe revela sua missão original sob as ordens dos generais da AVT: os soldados pretendem bombardear, simultaneamente, todas as ramificações da Linha do Tempo Sagrada, para assim restaurar a ordem na agência temporal.

Nos salões da agência, Ouroboros (Ke Huy Quan) segue buscando uma forma de estender o Tear Temporal para comportar todas as ramificações, mas se depara com um pequeno problema: para ter acesso ao mecanismo, é necessário ou a ajuda da Senhorita Minutos (Tara Strong), ainda sumida, ou, pior ainda, a aura temporal de Aquele Que Permanece ou uma de suas variantes. Ou seja, para ter acesso ao Tear, OB e amigos precisam que do escaneamento da aura do ser que criou a própria agência, quase como uma impressão digital no tempo-espaço. A maior ameaça ao multiverso pode ser a única salvação da AVT. Quem viver, verá.

Loki exibe episódios inéditos às quintas, às 22h, no Disney+. Siga de olho no NerdBunker para mais novidades. Aproveite e siga o NerdBunker nas redes sociais Twitter, Instagram e TikTok, e entre no nosso grupo no Telegram.