Com as mudanças mais recentes do Twitter (ou X), mais uma vez o interesse por plataformas concorrentes ao passarinho azul foi revivido na internet. O fato curioso nesse contexto é que existe um serviço criado justamente pelo cofundador do Twitter: o Bluesky.

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A novidade foi lançada em fevereiro de 2023 e se apresenta como uma Rede Social Federada – conceito que o NerdBunker já tratou em outra publicação. Ela tem recebido usuários de forma gradual, e possui algumas especificidades interessantes no processo de cadastro e utilização.

Então, em meio à bagunça que se forma no Twitter, vamos explorar o que é e como funciona a Bluesky.

O que é Bluesky?

Bluesky é uma Rede Social Federada, criada por Jack Dorsey, cofundador e ex-CEO do Twitter. A alternativa era um projeto interno e começou a ser desenvolvida antes da compra do passarinho azul por Elon Musk, mas se tornou uma empresa independente em 2021 — quando Dorsey rompeu definitivamente seu vínculo com a organização que ajudou a erguer.

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A ideia é que a plataforma se torne um ecossistema de mídias sociais totalmente descentralizado e que opere em código aberto — ou seja, não sendo propriedade de uma única empresa.

A base do projeto é o AT Protocol (Protocolo de Transferência Autenticado, em tradução livre) — tecnologia que promete portabilidade entre contas, possibilidade de escolher os algoritmos que pretende utilizar e a interoperabilidade entre diferentes redes sociais.

(Bluesky/Divlugação)

Como entrar na Bluesky?

O primeiro ponto importante sobre a Bluesky é que é preciso ganhar um convite para criar uma conta. Esses códigos são oferecidos a usuários já cadastrados a cada duas semanas (com base na data de criação dos perfis) e essas pessoas podem dar seus convites para quem quiser.

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Com o código em mãos, o interessado deve acessar a página de login da Bluesky e escolher a opção “Criar uma nova conta”. Vale mencionar que a plataforma não tem tradução/localização para o Brasil, oferecendo uma interface em inglês.

O primeiro passo para criar uma conta é escolher o servidor onde o perfil ficará hospedado, podendo ser o padrão Bluesky ou outros. Como é bem avisado no momento de escolha, o usuário terá a liberdade de alterar esse servidor a qualquer momento.

Na próxima tela, é o momento de inserir o código de convite. Se tudo estiver válido, os campos para e-mail de cadastro, senha e data de nascimento aparecerão em seguida.

A última etapa, então, é escolher seu nome de usuário.

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Como funciona a Bluesky?

Com o perfil criado, a tela inicial da Bluesky aparecerá automaticamente. A composição de página é bastante semelhante ao Twitter, com o feed (até então vazio) no centro e o menu principal da rede social à esquerda. A diferença é que, no lugar dos Trending Topincs, a coluna da direita mostra o campo de pesquisa e uma caixa onde aparecerão os códigos de convite do usuário.

Na parte superior da interface, também são mostradas três opções de linhas de publicação (timelines, em inglês): uma exclusiva para posts de pessoas que o usuário segue; uma que engloba os tópicos mais populares dentro da rede social; e uma lista de conteúdos populares entre as pessoas seguidas.

(Bluesky/Captura de tela)

Com relação às configurações, a plataforma possui modo claro e escuro, além de algumas opções de personalização de feed. Por exemplo, o usuário pode filtrar quantas curtidas uma publicação-resposta precisa ter para aparecer em sua lista e até a possibilidade de esconder todos os posts conhecidos como Citações (aqueles que republicam o conteúdo com uma mensagem a mais).

(Bluesky/Captura de tela)

Já na página “My Feeds“, é possível centralizar publicações sobre temas específicos ou filtrados por idioma. Além do “What’s Hot” (que funciona como uma espécie de Trending Topics), você pode entrar em feeds sobre exercícios físicos, arte, fotos de gatinhos, entre outros.

(Bluesky/Captura de tela)

Outra aba interessante dentro da Bluesky é a “Moderation” (Moderação, em português). Nela, é possível ver listas e contas que foram silenciadas/bloqueadas, mas o destaque está no Filtro de Conteúdo. Nesse menu, o usuário decide se certos tipos de conteúdo delicado devem ser mostrados com um aviso de gatilho, escondidos por completo ou mostrados normalmente.

(Bluesky/Captura de tela)

Por fim, na hora de fazer a primeira publicação, o funcionamento é praticamente igual ao Twitter — em sua versão mais básica. Existe um limite de 300 caracteres por texto, possibilidade de inserir imagens e definir em que idiomas você pretende escrever.

(Bluesky/Captura de tela)

É importante dizer que a Bluesky é uma rede social em processo de amadurecimento. Usuários acostumados com o Twitter perceberão a falta de alguns recursos na caixa de publicação de texto, como menu de emojis, suporte a GIFs e enquetes, além de certa escassez de conteúdo. Porém, isso tende a mudar com a chegada de mais usuários e com atualizações do serviço.

Fique de olho por aqui para saber mais sobre o caos das redes sociais. Aproveite e siga o NerdBunker nas redes sociais TwitterInstagram e TikTok.