Após meses de muita expectativa por parte dos fãs, Barbie chegou aos cinemas, reunindo multidões vestidas de rosa mundo afora.
O longa segue com uma boa aprovação no Rotten Tomatoes (89% da crítica e 90% do público), e já gera discussões se pode começar uma nova franquia nos cinemas.
No texto abaixo, explicamos o que acontece no final do filme e se há ganchos para uma possível sequência. Confira, mas cuidado com grandes spoilers da história a partir daqui.
O que acontece no final de Barbie?
Para começar, vamos falar sobre a conclusão do longa comandado por Greta Gerwig. Após irem para o mundo real, Barbie (Margot Robbie) e Ken (Ryan Gosling) voltam para a Barbielândia com perspectivas diferentes.
Enquanto ela imagina que levar as mulheres reais Gloria (America Ferrera) e Sasha (Ariana Greenblatt) ao local vai resolver tudo, ele retorna decidido a instaurar o patriarcado na Terra das Barbies que, em breve, deve se tornar oficialmente a Terra dos Kens. Nesse contexto, todas as personagens do local deixam suas profissões de lado em prol de agradar os Kens com cerveja e conversas sobre cavalos.
Quando percebem o que está acontecendo, as Barbies que não foram afetadas (incluindo a Barbie Estereotipada de Robbie) montam um bem-sucedido plano para “acordar” as amigas do transe e lembrá-las de suas profissões e de quem realmente são. Enquanto isso, os Kens começam a brigar entre si e a Barbielândia volta ao normal, com as mulheres votando uma nova constituição.
Porém, ao invés de fazer tudo como era antes, a Barbie Presidente (Issa Rae) permite que os Kens tenham uma representação em cargos menores de comando, em uma espirituosa piada ao espaço destinado às mulheres no mundo real. Enquanto isso, as mulheres reais Gloria e Sasha, que são mãe e filha, conseguem finalmente se entender.
Tudo está muito lindo e cor de rosa, mas fica a dúvida do que vai acontecer com a Barbie Estereotipada de Margot Robbie. Afinal, diferente de suas colegas, ela foi ao mundo real e adquiriu consciência, não podendo mais retornar ao que era antes.
Em um momento que até lembra a história de Pinóquio, Barbie (Robbie) encontra sua criadora, Ruth (Rhea Perlman), e ganha a permissão de se tornar uma “mulher de verdade”. A última sequência do longa (que não tem cenas pós-créditos) mostra a Barbie no mundo real enfrentando um grande desafio feminino: ir ao ginecologista, já que, agora, ela tem uma vagina.
Barbie terá sequência?
Como explicado acima, o longa da Greta Gerwig termina com uma piscadela para o público, sem um gancho direto para uma sequência. A Barbielândia voltou ao normal, os Kens têm seu espaço agora, e nossa protagonista está no mundo real.
Quem esperava alguma brincadeira com um “multiverso da Mattel”, incluindo uma possível aparição do boneco Max Steel, pode ter ficado um pouco decepcionado, já que não há nenhuma dica sobre isso na produção.
Ainda assim, é possível teorizar algumas coisas. Caso faça sucesso de bilheteria, Barbie pode ser o gancho para uma franquia, que tem a possibilidade de explorar como ficou a Terra das Barbies depois de tantas mudanças, como a Barbie Estereotipada está encarando os desafios do mundo real, como o Ken de Ryan Gosling está lidando com a descoberta de quem realmente é longe de sua amada, e por aí vai.
Também é possível que a Mattel planeje sequências focadas em outros personagens, como a Barbie Presidente, a Barbie Sereia (Dua Lipa), e até em linhas descontinuadas, como Midge (Emerald Fennell) e Allan (Michael Cera). Como estamos falando de Hollywood, tudo é possível. E, caso este longa faça sucesso, será muito raro se os produtores não pensarem em novas produções.
Mas a grande verdade é que Barbie é um filme que não precisa de sequência. A história pensada por Gerwig é o bastante por si só, passa a mensagem necessária e termina de uma forma leve, com pitadas de tom crítico. Caso Warner e Mattel queiram fazer novos filmes no futuro, o jeito é esperar que eles sejam tão bons quanto este.
Barbie está em cartaz nos cinemas brasileiros.