Jusant foi amor ao primeiro trailer, e alguns meses depois, o trabalho da Dont’Nod chega a nós mostrando todos os aspectos de um excelente jogo. Trazendo mecânicas diferentes, uma belo estilo visual, trilha encantadora e uma mensagem profunda, o título encanta sem uma linha de diálogo sequer.

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Já conhecemos a qualidade da Dont’Nod quando o assunto é narrativa, já que a desenvolvedora é responsável por Life Is Strange. Em Jusant, por outro lado, a empresa francesa entrega um jogo de escalada contemplativo, curto e relaxante.

Com essas características, o título entra para a lista de games relaxantes que chegaram ao Game Pass neste ano. O serviço também receneu Planet of Lana e outros projetos nesta mesma pegada anteriormente, incluindo Unpacking, Townscaper e A Short Hike, por exemplo.

Jusant é o famoso “tudo que é bom dura pouco

Sendo um jogo curto, Jusant não se torna enjoativo. O título apresenta, ao longo de seus 6 capítulos, mecânicas novas e desafios diferentes que nos permitem ficar vidrados 100% do tempo.

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O mecanismo de segurar nas rochas, animais ou plantas ao fazer a escalada com os dois botões no analógico, é algo diferente do que vemos em outros títulos que muitas vezes só precisamos apertar um botão. É uma mecânica que traz um certo estranhamento no início, gerando algumas confusões.

No entanto, após algumas escaladas, pegamos o jeito desse sistema e fazemos saltos numa montanha gigantesca sem receio e com mais confiança. Por falar em uma montanha gigantesca, algo que também nos auxilia nesse ganho de confiança são os pitões, que podemos fixar em alguns pontos nas paredes para poder ter mais segurança e muitas vezes alcançar passagens e pontos que não são possíveis apenas pulando.

Visual deslumbrante

Tendo uma base sólida e sem problemas na gameplay, sobra espaço para os artistas digitais da Dont’Nod trabalharem na arte, mapas e gráficos de Jusant. Seguindo um estilo cartunesco, que particularmente achei parecido com Sable no anúncio (mas não tinha nada a ver), o jogo sobra no visual e exalta sempre os elementos da natureza.

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Podemos perceber essa exaltação a beleza na posição que a câmera fica aberta em certos momentos de gameplay, fazendo composições belíssimas. Toda a montanha que escalamos também é uma obra de arte. Durante o gameplay, passeamos por diferentes locais, conhecendo a história do lugar: clima árido em um lado, verdejante e movimentado do outro, interior oco em alguns pontos, cheio de vestígios de uma civilização que vivia em contato com a natureza belíssima.

Tudo é misterioso em Jusant

Ao longo da escalada temos a ajuda de uma ilustre e curiosa criaturinha chamada Ballast. Ele traz uma conexão ainda maior com a natureza, nos permitindo abrir novos caminhos, encontrar colecionáveis e fazer um carinho nessa fofa criatura.

Como tudo no mundo de Jusant é envolto de mistérios, como Ballast, vamos conhecendo a história do lugar através das cartas e anotações que encontramos durante nossa escalada. Particularmente, gosto dessa forma de apresentar a narrativa: é intrigante e dá a opção ao jogador para só seguir escalando ou jogar o game novamente para procurar todas as cartas e se aprofundar ainda mais nesse curioso planeta.

Vale a pena jogar?

Jusant é o tipo de jogo que vale colocar na sua lista para ser jogado entre aqueles AAA que você está zerando no momento. É um jogo curto e incrível, que pode ser finalizado em uma tarde. Mas não tenha pressa, pois Jusant é exatamente sobre isso: paciência, contemplação e serenidade. É um daqueles games para colocar em cheque os purista que falam que game não é arte.

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Jusant está disponível no PC e consoles PlayStation e Xbox. O jogo também está disponível desde o lançamento na assinatura Xbox Game Pass.