Avatar: Frontiers of Pandora é a mais nova tentativa da Ubisoft em explorar o potencial do denso universo dos filmes de Avatar, criado pelo cineasta James Cameron, que coloca o jogador na pele de um Na’vi personalizável.

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A convite do estúdio, tivemos a oportunidade de testar mais de duas horas do jogo e sentir um gostinho do que vem aí no mundo de Pandora — que, acredite, é ainda mais interessante e cativante do que aparenta ser.

Um mundo dinâmico e vivo

Pudemos jogar algumas missões (tanto principais quanto secundárias) do início de Frontiers of Pandora, que deram uma boa ideia do tom e proposta que podemos esperar. Logo de cara, o que mais se destaca é a ambientação extremamente chamativa, graças à vegetação excêntrica de Pandora.

Há plantas de todas as cores e com vida própria para todo lado. Algumas concedem benefícios (e até malefícios) ao jogador, outras emitem sons ou se retraem ao sentirem que estão em perigo. Também há muita vida selvagem e é possível encontrar grupos de Na’vi ao explorar o mapa, que estão em outras atividades relacionadas à tribo.

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É importante analisar o que estiver ao seu redor para saber mais informações sobre cada detalhe do mundo aberto (Imagem: Ubisoft/Divulgação)

O mundo de Frontiers é belo, colorido e cativante e a aparência de Pandora também é afetada pelo tempo e clima. Durante à noite, por exemplo, a paleta assume um tom azulado, que contrasta com a vegetação de cores vibrantes. E, no meio de chuva e tempestade, a tonalidade puxa pro cinza.

Tudo ainda é intensificado pelos efeitos sonoros, que são barulhos altos da natureza, e pela câmera em primeira pessoa, que é um grande acerto por reforçar o sentimento de que somos apenas mais um Na’vi num mundo imenso.

Assim, a ambientação é rica e faz com que o mundo aberto seja dinâmico, gerando a sensação de que realmente está vivo e independe do jogador e de suas ações. Além disso, pudemos dar uma espiada no tamanho completo do mapa — e, sim, é imenso.

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As cutscenes não apresentam gráficos muito distantes do que é visto no gameplay (Imagem: Ubisoft/Divulgação)

A boa notícia é que você terá uma montaria especial para explorar a imensidão de Pandora: um Ikran (ou “banshee”), que é um predador alado. Uma das missões principais e mais divertidas das nossas duas horas com Frontiers envolvia o desbloqueio do Ikran, que é uma maneira simples, rápida e efetiva de se locomover pelo mapa.

Também é possível sacar as armas enquanto monta o Ikran para ter um combate no céu contra as forças da RDA, organização que quer colonizar Pandora — e é então que entramos em outro elemento do jogo: o combate.

União de dois mundos

Avatar: Frontiers of Pandora é um FPS, que possibilita a você equipar e usar quatro armas diferentes ao mesmo tempo. Durante a demo, tivemos acesso a dois arcos, uma arma corpo a corpo e uma arma de fogo, além de poucas granadas.

Espere por encontrar locais familiares em Frontiers, como a Árvore das Almas! (Imagem: Ubisoft/Divulgação)

Aparências enganam por aqui, uma vez que um arco longo, quando usado do jeito certo, é tão poderoso quanto uma submetralhadora, o que evita a priorização de apenas um equipamento. No entanto, a sensação de usar armas de fogo ao controlar um Na’vi é um tanto esquisita por não conversar com o que esses personagens (e a própria Pandora) representam, o que dá uma sensação de que é uma presença desnecessária.

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Também há mecânicas básicas de furtividade, que não vão além de se agachar e evitar fazer barulho — e deixam a desejar. Não há muita consequência ao ser visto por inimigos, que têm memória curta e esquecem o jogador em poucos segundos. Os adversários também podem ser facilmente abatidos com uma única flechada em qualquer parte do corpo, sem a necessidade de tomar cuidado com a mira.

Desta maneira, a jogabilidade do combate não é tão atrativa quanto a exploração, a coleta de recursos e as missões que vão além da pancadaria, caindo em um terreno um tanto genérico de FPS.

As missões secundárias são basicamente de três tipos diferentes: as mais gerais, as de exploração e as de coletas de recursos (Imagem: Ubisoft/Divulgação)

Há outros sistemas de Frontiers que, por serem mais densos, apenas pudemos arranhá-los pela superfície durante a demo, como cozinhar comidinhas para adicionar efeitos temporários ao jogador e criar vestimentas e armas por meio de uma mesa de “craft”. Além de dar uma espiadinha nas cinco (pois é!) árvores de habilidades, que envolvem mecânicas de exploração, coleta de itens, combate e sobrevivência.

A versão de teste do jogo estava parcialmente em português brasileiro, se limitando apenas às legendas dos diálogos. Mas aparentou ter uma boa adaptação, ainda mais ao considerar que Avatar tem um universo único e vasto com termos específicos.

Mais do que aparenta ser

Colocar as mãos em Avatar: Frontiers of Pandora, mesmo que por um tempinho limitado, provou que há um mundo aberto bem cativante e divertido à espreita, apesar do combate ser um tropeço. Mas o objetivo principal de ser literalmente um mergulho na Pandora das telonas é cumprido.

Sentir um gostinho apenas nos deixou com aquela vontade de “quero mais”, então agora só nos resta esperar por dezembro.


Avatar: Frontiers of Pandora será lançado no dia 7 de dezembro para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC.

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