Já parou para imaginar como seria um jogo que mistura o estilo “nonsense” de Undertale e as mecânicas musicais do clássico Guitar Hero? Essa é a premissa de Everhood, um dos RPGs mais não convencionais dos últimos anos.
Desenvolvido pelo estúdio Foreign Gnomes, o jogo indie é um RPG musical com elementos de aventura, que foi originalmente lançado em 2021, para PC.
Após dois anos, ele está chegando para mais consoles (PlayStation e Xbox) em uma versão atualizada e com mais conteúdo, a Everhood Eternity Edition — que é a maneira perfeita para conhecê-lo, uma vez que é obrigatório para todo fã de maluquices e humor ácido.
Em Everhood, o jogador controla um misterioso boneco de madeira, conhecido como Vermelho, cujos braços são roubados por um ladrão. Ele, então, decide se vingar e recuperar os membros furtados, mas acaba em uma jornada maluca, envolvendo questionamentos existenciais, criaturas bizarras e até imortalidade.
Mistérios e momentos excêntricos estão presentes do início ao fim na história, que tem reviravoltas tão inusitadas que a maioria nem sentido faz — e essa é a graça!
Com humor ácido, metalinguagem e muitos personagens esquisitíssimos (no bom sentido), a trama é cheia de mistérios e flerta com surrealismo, rendendo uma experiência extremamente marcante.
A jogabilidade é simples e com poucos comandos, com foco em quebra-cabeças de ambiente e combate — justamente onde entra a faceta musical do jogo.
As lutas consistem em colocar o jogador em uma “esteira rolante” (interface similar a Guitar Hero), em que os acordes são gerados pelo inimigo. Só que, em vez de acertar as notas, você precisa fugir delas.
Isso faz de Everhood um jogo quase contra o ritmo, sendo bem desafiador. Os ataques adversários combinam com as batidas da música, e desviar de todas requer bastante atenção e agilidade porque poucos golpes podem te levar à morte.
O toque de reviravolta também aparece nas lutas que, às vezes, quebram as regras do jogo. Por exemplo, no meio de um confronto, as cores podem se embaralhar, os acordes podem sair da esteira, a tela girar em 360º ou um cogumelo alucinógeno pode distorcer tudo, quem sabe? Em Everhood, surpresas aparecem a todo momento.
Como era de se esperar, a trilha sonora é outro grande destaque do jogo, com músicas principalmente com toque de eletrônica, pop e rock. Elas se sobressaem principalmente durante as lutas, sendo excelentes para estabelecer o clima dinâmico do combate.
O estilo visual do RPG aposta em arte pixelada e até brinca com a própria simplicidade em alguns momentos, o que conversa com o tom descontraído da narrativa. Há várias ambientações, desde castelo até diferentes dimensões, e todo lugar tem seu próprio charme.
Além de tudo isso, Everhood Eternity Edition adiciona 16 novas batalhas musicais e músicas inéditas de 11 compositores, além de localização em português brasileiro, que está excelente, com trocadilhos e piadas que funcionam na nossa língua — como ter um NPC chamado Vanspirro, que é um vampiro gripado.
Por fim, por mais que não tenha recursos voltados para acessibilidade, o jogo oferece cinco níveis de dificuldade, com opção para jogadores que querem focar na narrativa. Mas fica o aviso de que o modo Normal já é bem desafiador!
Bad trip musical
Everhood Eternity Edition é uma jornada maluca em todos os sentidos — e é isso que o torna tão especial. Vencer as lutas musicais é alucinante e recompensador, enquanto a história oferece diálogos hilários, quebras de quarta parede e reviravoltas inusitadas.
Agora, a jornada de Vermelho pelos braços perdidos (e algumas coisinhas a mais) está chegando para mais plataformas, para poder alcançar mais jogadores. E acredite: se der uma chance ao jogo, com certeza terá uma experiência inesquecível.
Everhood Eternity Edition será lançado no dia 28 de setembro para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X|S.
Acompanhe o NerdBunker também no Twitter, Instagram e TikTok, e entre no nosso grupo no Telegram.