A história de Gunbrella começa com um terrível assassinato. Ao se deparar com a esposa sem vida, o protagonista nota que uma arma inusitada foi deixada para trás — a gunbrella. Com o item misterioso em mãos, ele parte numa jornada em busca de respostas e, claro, vingança.

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Desenvolvido pela doinksoft, estúdio indie de Gato Roboto e Demon Throttle, o jogo de ação e aventura une temas como ganância e desastre climático, numa jornada sangrenta e cheia de criaturas bizarras. A premissa é cativante e empolga, mas o desempenho pode frustrar alguns jogadores (como eu) com travamentos e bugs pelo caminho.

Uma investigação surpreendente

Com uma atmosfera punk-noir, Gunbrella apresenta uma história dramática e bem mais complexa do que se pode imaginar. Após o assassinato da esposa, o protagonista inicia uma investigação em cidades vizinhas, como a pacata Orwell e a movimentada Allendale.

Ao visitar os locais, o jogador conhece vários moradores e reúne informações importantes. Além do cruel assassinato, a teia de mistérios inclui uma estranha empresa, seitas bizarras, uma polícia autoritária e a iminência de um desastre climático.

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Com tantos elementos, a jornada pode parecer confusa a princípio, mas as peças desse grande quebra-cabeça vão se encaixando aos poucos, conforme o gameplay avança. E, para se sair bem na investigação, o jogador deve aproveitar ao máximo os recursos narrativos do game.

Conversar com os moradores das cidades é fundamental para entender o mistério por trás de Gunbrella. doinksoft/Captura de tela

Uma boa dica, por exemplo, é conversar com os moradores das cidades. Eles desempenham um papel fundamental e, além de fornecerem informações cruciais, são personagens cativantes, que podem ajudar o protagonista no futuro, de alguma forma.

A Gunbrella

Como o próprio nome indica, a gunbrella é uma arma que tem o formato de um guarda-chuva (o termo brinca com a junção das palavras “gun” e “umbrella“, arma e guarda-chuva em inglês, respectivamente).

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E não é à toa que esse item misterioso dá nome ao jogo. A Gunbrella é um elemento-chave não só para a narrativa, mas também para o combate do game. Com ela, o jogador pode atacar inimigos, se defender e se movimentar de variadas formas.

Basicamente, a gunbrella funciona como uma arma de fogo, mas pode ter diferentes tipos de munição. Dependendo do inimigo ou situação, o jogador pode alternar entre um simples projétil, uma granada ou até um lança-chamas, por exemplo. Além disso, a arma também pode ser usada para rebater ataques e planar no ar.

Dessa forma, cabe ao jogador aprimorar a gunbrella e manuseá-la de acordo com o que a situação pede. Além de encontrar personagens perigosos pelo caminho, o protagonista se depara com criaturas bizarras, carnudas e assustadoras.

Criaturas bizarras e um mar de sangue aguardam o jogador em Gunbrella. doinksoft/Captura de tela

O game tem uma grande diversidade de inimigos, em diferentes graus de dificuldade. Mas o combate fica mais acirrado quando o protagonista enfrenta as criaturas gigantes e demoníacas. Aqui, vale se preparar com itens de saúde e ficar em alerta para os padrões de movimentação e ataque dos monstros.

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Outro ponto que chama a atenção é o visual em pixel art do game. Gunbrella traz uma série de referências ao cinema noir, que podem ser vistas na paleta de cores mais fria e na atmosfera sombria e chuvosa das cidades. A trilha sonora completa a ambientação, variando entre ritmos que destacam o melancólico, o assustador e a ação no jogo.

Chefões (e bugs) desafiadores

Apesar de uma premissa empolgante, o desempenho de Gunbrella pode frustrar alguns jogadores. Inicialmente, o time de desenvolvedores alertou sobre um bug que ocorria numa das fases do game e que poderia atrapalhar a experiência de algumas pessoas. O erro em questão ocorria na fase das minas, mas não chegou a ser um problema durante as minhas horas de jogo.

Contudo, certo tempo depois, me deparei com um grande vilão (literalmente). Ao enfrentar um dos grandes chefões finais, o gameplay travou de forma definitiva. Ao reiniciar o jogo, descobri que o progresso recente havia sido perdido, o que também ocorreu numa segunda tentativa.

Nesse sentido, por mais que o jogo seja curto e não demande tantas horas de gameplay, a sensação de perder o progresso contra um dos maiores chefões do jogo chega como um balde de água fria. Perguntada sobre o erro em questão, a Devolver Digital informou que o erro existe e já foi corrigido na versão para PC. A atualização para o Switch, contudo, será lançada apenas nesta quinta-feira (14). Por isso, o problema persistiu no console da Nintendo, impedindo a progressão.

Ainda assim, acredito que tais erros e bugs podem ser facilmente resolvidos com a atualização pós lançamento. Apesar dos contratempos, Gunbrella é um game com uma história cativante e um combate desafiador, que prende a atenção e merece ser jogado.


Esta review foi feita no Nintendo Switch com uma cópia cedida pela Devolver Digital.

Gunbrella já está disponível para Nintendo Switch e PC.

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