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Skull and Bones é mesmo um jogo AAAA? Veja review

Após anos de desenvolvimento e espera, o aguardado jogo de piratas Skull and Bones finalmente desembarcou no PC e consoles em fevereiro de 2024. Com muita expectativa cercando o título, o “hype” em torno do game ficou ainda mais alto após uma declaração do CEO da Ubisoft.

Yves Guillemot, que comanda a empresa francesa, descreveu o jogo como uma experiência “AAAA”. O termo faz referência aos jogos triplo A, que utilizam um grande orçamento para entregar uma qualidade acima da média. No caso de Skull and Bones, o jogo seria tão completo que merece até um “A” extra em sua definição.

A Ubisoft nos enviou uma cópia do jogo para PS5. Após velejarmos nos mares tortuosos criados pela Ubisoft, confira como foi nossa experiência com Skull and Bones na análise a seguir!

Skull and Bones tem história?

É inegável que a Ubisoft se inspirou em Assassin’s Creed Black Flag para criar Skull and Bones. No entanto, o jogo, focado em multiplayer, conta com uma história original que não envolve os assassinos. A narrativa do game, que pode ser aproveitada tanto em single-player quanto com amigos, te coloca na pele de um pirata buscando fazer carreira no século XVIII.

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A narrativa começa após um naufrágio, permitindo que o jogador crie um pirata do zero, que não fala durante toda a jornada. Depois disso, você precisa reunir recursos, construir seu primeiro navio e zarpar em busca de aventura.

Trazendo dublagem em português, o jogo utiliza sua história como um guia para o jogador. Você descobre as principais funcionalidades do gameplay e explora o mundo (e o mar) de Skull and Bones por meio das tarefas que são dadas por NPCs.

A experiência de jogo, quando o assunto é narrativa, lembra bastante outros títulos online da Ubisoft, como Ghost Recon Breakpoint. Você explora um mundo compartilhado com outros jogadores, o que eventualmente acaba se tornando interessante, mas também acaba trazendo pontos negativos.

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Gameplay: um mundo pirata compartilhado

Skull and Bones tem como grande objetivo oferecer uma experiência de combate naval imersiva e estratégica. O jogo acaba caprichando nos pontos entregues no mar, mas acaba pecando quando o assunto é terra.

Como o mundo do jogo é compartilhado, alguns recursos acabam sendo consumidos rapidamente por outros jogadores, o que pode te deixar esperando para realizar tarefas simples. Até mesmo o tutorial do jogo pode ficar arrastado por causa disso: coletar acácia, madeira necessária para criar seu primeiro navio, pode ser muito difícil, dependendo do horário em que você jogar.

Skull and Bones decepciona quando você desce do barco

Além disso, descer do navio definitivamente é uma experiência sem graça. Você acaba saindo de sua embarcação com frequência para buscar suprimentos, conversar com comerciantes e pegar missões. Tudo isso é feito a pé, em ambientes limitados e sem muita exploração.

Para quem jogou Assassin’s Creed Black Flag ou até mesmo Sea of Thieves, essa parte definitivamente acaba deixando um gostinho de quero mais. Afinal, ficar andando por aí vestido de pirata não é tão divertido quanto velejar, saquear e lutar.

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Diversão na água

Enquanto a terra não te oferece muita coisa, Skull and Bones traz diversão quanto está na água. O jogo oferece um sistema robusto de criação de navios, permitindo customizar a embarcação e utilizar diferentes tipos de armas.

Além de criar um veículo marítimo, você também deve evoluí-lo e bolar estratégias para sobreviver nos mares. Durante as missões, o jogador enfrenta diferentes facções, incluindo marinhas de grandes países, o que garante embates emocionantes e bem elaborados.

O jogo também conta com sistemas interessantes de sobrevivência no mar. Você pode coletar recursos da água, como loot deixado por outros barcos, e deve sobreviver às ameaças da água, que vão desde tubarões (e outros monstros) até doenças.

É inegável que a Ubisoft investiu bastante nesses sistemas, garantindo uma experiência única de vivência e sobrevivência no mar. No entanto, a grande quantidade de recursos e customizações também não é tão intuitiva, o que pode afastar alguns jogadores.

Experiência multiplayer e pós-jogo

Mais do que um jogo de piratas, Skull and Bones é um jogo online e “como serviço”. Isso significa que a experiência é pensada para ser compartilhada com outros usuários e que não acaba quando termina.

Você pode entrar em facções com outros jogadores e explorar o mar do jogo com seus amigos, além de participar de eventos com usuários. Como esperado, o título também possui elementos PvP, o que permite entrar em brigas com outros jogadores.

Além disso, a Ubisoft também promete atualizações e novos conteúdos para o game, visando transformá-lo em uma plataforma de sucesso. Além de novas missões e histórias, os jogadores podem esperar eventos sazonais e também novos itens, como barcos, armamentos e cosméticos para serem utilizados.

Enquanto definitivamente é cedo para dizer se o jogo vai dar certo ou não nesse esquema de negócio, é válido ressaltar que a Ubisoft possui alguns casos de sucesso no setor. Enquanto títulos de franquias como The Division e Ghost Recon certamente poderiam ter uma longevidade maior, a companhia emplacou Rainbow Six Siege e vem dando suporte ao game por quase uma década.

Independente do sucesso ou não da empreitada, e válido notar que Skull and Bones chega carregado de conteúdo, o que justifica jogar o título sem pensar em seu futuro. Quanto a qualidade do que é entregue, aí entra o seu julgamento.

Vale a pena?

Seguindo a experiência que tivemos no PS5, certamente Skull and Bones possui seu valor e pode conquistar uma parcela de jogadores. No entanto, não espere algo revolucionário: o título é basicamente um jogo online de piratas que segue as receitas já conhecidas da Ubisoft.

O título conta com algumas barreiras que podem afastar jogadores casuais e problemas que podem deixar usuários mais ávidos descontentes. Além disso, o visual e gameplay não justificam a descrição de “jogo AAAA”: enquanto Skull and Bones certamente teve um orçamento astronômico, a experiência entregue definitivamente não é de outro mundo.

Skull and Bones tem seu valor, mas definitivamente não é “AAAA”

Para quem ficou interessado no game, a dica do Jornal é aproveitar o teste gratuito de oito horas, disponível para todas as plataformas. Com essa janela de tempo, você com certeza saberá se Skull and Bones faz o seu tipo ou deve ser deixado a ver navios.

Outra possibilidade é assinar o Ubisoft+ no PC ou Xbox, que permite jogar o título, bem como outras grandes produções da Ubisoft, por um valor mensal a partir de R$ 59,99. Afinal, pagar mais de R$ 300 em um jogo que pode não te agradar é uma aposta arriscada até para quem gosta de piratas.

Skull and Bones foi enviado para testes pela Ubisoft, em sua versão para PS5. O título também está disponível no PC e Xbox Series S e X.

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