Avatar: O Último Mestre do Ar finalmente estreou na Netflix. Se tratando da adaptação da amada animação da Nickelodeon, o live-action trouxe várias diferenças em relação ao material original. Pensando nisso, o NerdBunker reuniu as principais modificações feitas pela nova série.

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Para discutir as diferenças, a lista abaixo fala abertamente sobre acontecimentos de toda a primeira temporada do live-action Avatar: O Último Mestre do Ar. Prossiga tomando cuidado com spoilers:

1 – O ataque da Nação do Fogo

Senhor do Fogo Sozin ataca Nômades do Ar (Netflix/Reprodução)

A primeira grande diferença da série acontece logo no início. Ao contrário da animação, que começa no presente, com Aang (Gordon Cormier) sendo libertado após cem anos preso no gelo, o live-action começa contando o que aconteceu antes do garoto ser congelado.

A versão da Netflix volta cem anos no tempo para mostrá-lo descobrindo que é o Avatar e sendo congelado ao mesmo tempo em que a Nação do Fogo dá início à guerra. Inclusive, o ataque dos vilões aos Nômades do Ar nunca é mostrado na obra original, que apenas fala sobre o evento.

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2 – Senhor do Fogo Ozai e Azula

Azula e Senhor do Fogo Ozai, personagens com mais tempo de tela no live-action da Netflix (Divulgação)
Azula e Senhor do Fogo Ozai, personagens com mais tempo de tela no live-action da Netflix (Divulgação)

Por falar na Nação do Fogo, outra mudança notável é a participação do Senhor do Fogo Ozai (Daniel Dae Kim) e sua filha, Azula (Lizzy Yu). Os dois personagens mal aparecem na parte inicial da história original, fazendo com que seus arcos no live-action sejam parte criações originais, parte adaptações de momentos posteriores. Essa diferença fica melhor ilustrada no flashback que explica o exílio do Príncipe Zuko (Dallas Liu).

O live-action mostra o rapaz lutando contra O Senhor do Fogo antes de ser punido com uma queimadura no rosto. No desenho, o garoto não tem coragem de enfrentar o próprio pai e a rápida cena termina com seu castigo. Todo o momento é assistido pela família dos dois, incluindo Azula. Porém, como ela ainda não havia sido apresentada, mais parece uma figurante.

3 – Mistura entre diferentes narrativas

Omashu, Mecânico, Jato e Músicos Nômades, histórias paralelas unidas pelo live-action (Netflix/Reprodução)
Omashu, Mecânico, Jato e Músicos Nômades, histórias paralelas unidas pelo live-action (Netflix/Reprodução)

O início de Avatar segue uma estrutura episódica, com aventuras quase isoladas. Por motivos narrativos – e financeiros –, a adaptação da Netflix reuniu eventos de diferentes capítulos em um único arco, que é quando os protagonistas chegam a Omashu.

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A base dessa etapa é encontrada no quinto episódio da primeira temporada da animação, quando Aang e companhia visitam Omashu e encontram o Rei Bumi. Porém, o live-action adiciona também o grupo rebelde liderado por Jato, que aparece no décimo, e o Mecânico e seu filho Teo, que só dão as caras no décimo sétimo.

Acontece que a mistura não para por aí, já que a série ainda adiciona elementos de “A Caverna dos Dois Amantes”, o segundo episódio da segunda temporada. Nele, um grupo de músicos do Reino da Terra guia nossos heróis por uma caverna marcada por uma trágica história de amor.

Originalmente, nenhuma dessas tramas têm conexão e funcionam de forma independente.

4 – Bumi e o Avatar

Rei Bumi, de Omashu, em Avatar: O Último Mestre do Ar (Netflix/Divulgação)
Rei Bumi, de Omashu, em Avatar: O Último Mestre do Ar (Netflix/Divulgação)

Outra grande diferença nessa etapa é a participação do Bumi, o rei de Omashu. O live-action apresenta o personagem, interpretado por Utkarsh Ambudkar, como um velho amargurado pela mágoa que sente por Aang ter ficado ausente durante os cem anos da guerra.

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Na animação, ele até finge ser severo e faz o Avatar passar por algumas provas. Porém, ele na verdade está feliz em rever o amigo e utiliza os tais desafios para lembrar ao carequinha a importância de pensar fora da caixa na hora de resolver problemas.

5 – O pergaminho da água

Katara lê o pergaminho de dobra d'água em Avatar: O Último Mestre do Ar (Netflix/Divulgação)
Katara lê o pergaminho de dobra d’água em Avatar: O Último Mestre do Ar (Netflix/Divulgação)

Antes de partir de seu lar, Katara (Kiawentiio) recebe da Vovó (Casey Camp-Horinek) um pergaminho com ensinamentos para a dobra d’água, algo que ela utiliza para treinar e desenvolver suas habilidades. Na série animada, por outro lado, Katara rouba o pergaminho de um grupo de piratas que quase faz com que a Nação do Fogo os alcance.

6 – Encontros no mundo espiritual

Aang se prepara para adentrar o mundo espiritual em cena do live-action de Avatar (Netflix/Divulgação)
Aang se prepara para adentrar o mundo espiritual em cena do live-action de Avatar (Netflix/Divulgação)

Um ponto importante da primeira temporada é a ida de Aang ao mundo espiritual. Assim como o trecho em Omashu, o live-action aproveitou a oportunidade para unir algumas tramas relacionadas ao local logo na primeira oportunidade.

A versão da Netflix usa como base a história de Hei Bai, o espírito da floresta destruída pela Nação do Fogo, que apareceu nos episódios sete e oito da primeira temporada. Porém, a trama incorpora a aparição de Koh, o Ladrão de Faces, que só dá as caras no último episódio do primeiro ano.

Além de misturar duas histórias grandes, a produção ainda tem um tempo para trazer outros encontros inéditos. O primeiro é com Wan Shi Tong, espírito em forma de coruja que só se apresenta a Aang no meio da segunda temporada da animação. O segundo é com uma versão espiritual da Princesa Yue, cuja forma de raposa é uma criação original no live-action.

7 – Aang e as dobras

Aang no Estado Avatar no live-action (Netflix/Reprodução)
Avatar: The Last Airbender. Gordon Cormier as Aang in season 1 of Avatar: The Last Airbender. Cr. Courtesy of Netflix © 2024

Parte importante da missão de Aang é dominar outros elementos além do ar. É verdade que o garoto desenvolve essas habilidades vagarosamente mesmo na animação original, mas o live-action não mostra ele aprendendo a dominar nenhum elemento novo.

À altura que a primeira temporada de Avatar: O Último Mestre do Ar encerra sua primeira temporada, o garoto já tinha ao menos tido as primeiras experiências com dobra d’água e de fogo.

8 – Cometa de Sozin

Grande Sábio revela ao Senhor do Fogo Ozai que o Cometa de Sozin está voltando (Netflix/Reprodução)
Grande Sábio revela ao Senhor do Fogo Ozai que o Cometa de Sozin está voltando (Netflix/Reprodução)

A última cena do live-action mostra o Senhor do Fogo Ozai sendo avisado de que o Cometa de Sozin está próximo de retornar após 100 anos. Um gancho que a produção deixa para o futuro, mas não explica para o público que não conhece as animações – se for o seu caso, não se preocupe: você pode entender tudo clicando aqui.

Na série original, a importância do cometa e seu retorno iminente são revelados por Roku, Avatar anterior a Aang. O carequinha descobre que o cometa passará novamente pela Terra em alguns meses, quando dará o poder necessário para que a Nação do Fogo vença a guerra.

Na animação esse alerta faz com que ele se apresse em dominar os demais elementos ao se tornar uma espécie de contagem regressiva. Algo que ainda não aconteceu no live-action, que encerrou a primeira temporada sem que Aang soubesse a respeito do cometa.

9 – O machismo de Sokka

Montagem com imagens de Sokka e Suki na animação e no live-action de Avatar (Nickelodeon/Netflix/Reprodução)
Mudanças em Sokka fragilizaram a relação com Suki no live-action de Avatar (Nickelodeon/Netflix/Reprodução)

Para encerrar a lista, temos o tão falado machismo de Sokka. O assunto veio à tona meses antes da estreia do live-action, quando o elenco comentou que o personagem de Ian Ousley seria menos sexista do que no material original.

A questão entrou na lista porque a produção praticamente apagou esse lado do personagem. Se você quiser conhecer exemplos e saber como essa mudança refletiu no live-action, basta clicar aqui.

A série live-action Avatar: O Último Mestre do Ar, assim como a animação original, está disponível na Netflix.

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