O ano de 2023 foi tão alucinante nos lançamentos de games que uma das maiores apostas da Ubisoft passou despercebida por muitos jogadores. Avatar: Frontiers of Pandora foi lançado em dezembro e voou abaixo do radar de muitos jogadores.
Baseado na obra de James Cameron, o game expande o universo dos filmes com uma jogabilidade em primeira pessoa. Com foco em história, o título coloca o jogador no papel de um Na’vi, em uma jornada que pode ser aproveitada de maneira solo ou cooperativa.
Mas essa experiência vale a pena? Aproveitamos o recesso de fim de ano aqui no Jornal e mergulhamos nos mistérios de Pandora na versão de Xbox Series X do game, cedida pela Ubisoft para análise. Confira, a seguir, nossa opinião sobre o game!
Um belo e vasto planeta
Avatar: Frontiers of Pandora é um game de ação com elementos de RPG em mundo aberto, que permite ao jogador criar seu próprio personagem Na’vi e escolher seu caminho na história. O jogador pode se aliar a diferentes clãs do planeta Pandora, cada um com suas próprias missões, valores e habilidades.
Com essa premissa, o título dá bastante espaço para o jogador explorar o que existe de melhor no jogo: seu mundo. Enquanto a Pandora do game certamente não é tão brilhante quanto a dos filmes de James Cameron, o jogo entrega visuais deslumbrantes.
Seguindo a fórmula que temos em títulos como Far Cry, Frontiers of Pandora também garante muita liberdade para o jogador. É possível explorar o planeta a pé, voando, escalando: tudo isso traz bastante imersão na experiência de ser um nativo do planeta.
Jogabilidade divertida, mas repetitiva
A semelhança com Far Cry vai além da exploração do mundo. O jogo oferece um gameplay que lembra muito os títulos da famosa franquia da Ubisoft, mas trazendo toques e adaptações para o mundo de Avatar.
Todo o combate e exploração utilizam a mesma “infraestrutura” da série Far Cry, o que deixa os comandos e a experiência bastante familiar para quem está acostumado com os títulos da franquia. No entanto, o gameplay é adaptado de maneira magistral para o mundo criado por James Cameron, com ótimos combates usando flechas e habilidades ligadas com o mundo misterioso de Pandora.
O problema, porém, acaba sendo o ‘excesso’ de diversão. Assim como em outros jogos da produtora, o mundo aberto acaba se tornando cansativo com o tempo. Nem mesmo a adição de novas mecânicas de tempos em tempos consegue quebrar o formato cansativo da jornada.
Algo que acaba atenuando esse sentimento é a jogabilidade cooperativa. Ao jogar com um amigo ou amiga ao seu lado, o gameplay certamente fica mais divertido, já que uma nova camada de interação é integrada ao título. Porém, a má notícia é que o modo coop não funciona localmente, obrigando a compra de duas cópias ou a assinatura do Ubisoft+.
Conclusão
Avatar: Frontiers of Pandora é um jogo lindo e que diverte, mas acaba sendo raso e repetitivo, o que deixa um gosto de oportunidade perdida. Considerando o tamanho da franquia de James Cameron, a Ubisoft certamente poderia ter aproveitado mais tempo de desenvolvimento para entregar uma experiência única e que fica ao nível do restante da franquia.
Um possível adiamento certamente faria bem ao game no ponto mercadológico. Ao ser lançado no final de 2023, um dos anos mais acirrados do mundo dos games, o título acabou sendo ofuscado por outros títulos gigantes e até mesmo premiações, como o The Game Awards.
No entanto, como dissemos no nosso ‘5 motivos para jogar’, para quem é fã da franquia Avatar ou se diverte jogando Far Cry, a experiência de explorar Pandora certamente será divertida. A boa pedida mesmo é esperar uma promoção ou aproveitar o Ubisoft+, que custa só R$ 50 no PC e ainda inclui outros grandes títulos no catálogo, como The Crew Motorfest e o futuro Prince of Persia: The Lost Crown.
Avatar: Frontiers of Pandora está disponível para PlayStation 5, PC, Xbox Series S e X.
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