Uma expansão é sempre uma excelente desculpa para voltarmos àquele jogo que deixou saudades — e, agora, é a vez de Final Fantasy XVI reconquistar os jogadores.

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Ecos dos Decaídos (ou “Echoes of the Fallen”, no original) é a primeira de duas DLCs planejadas para FFXVI, que teve lançamento surpresa no The Game Awards 2023, na última quinta-feira (7). A segunda, The Rising Tide, está prevista para 2024.

Com a proposta de “progredir a história” do jogo, a primeira expansão é, ao mesmo tempo, uma boa e má notícia para os fãs — uma vez que corrige algo que muitos sentiram falta no jogo base, mas é tão enxuta que pode fazer o retorno não valer a pena.

Faíscas de conteúdo

Apostando em uma estrutura direta e linear, Ecos dos Decaídos adiciona uma quest secundária em Final Fantasy XVI, que é, na verdade, uma dungeon com cerca de três horas de conteúdo.

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A expansão é amplamente focada em ação e combate, levando o jogador a uma área inédita (uma Torre que está literalmente viva) para derrotar inimigos novos e repaginados, além de chefes desafiadores.

Assim, a experiência é uma boa e rápida dose de diversão frenética, sendo algo que os fãs adorariam ter visto no próprio jogo base: uma quest opcional e extensa, que serve como um arco paralelo e um respiro bem-vindo ao vilão Ultima e às guerras entre Reinos.

Os chefes são os destaques de Ecos dos Decaídos, com a última luta sendo uma das melhores de todo o Final Fantasy XVI (Imagem: Square Enix/Captura de tela)

Com apenas Clive jogável e sem novidades ou surpresas na jogabilidade, Ecos dos Decaídos tropeça no quesito de realmente ampliar a história de forma significativa.

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A expansão até adiciona um arco narrativo paralelo — ambientado antes da luta final contra Ultima —, que mostra como há mais mistérios do que parece envolvendo os cristais e os Decaídos, uma civilização antiga e extinta há mais de mil anos.

Mas para por aí, e a construção do arco é bem simples e rasa. Há poucos diálogos, novos personagens e informações relevantes sobre o mundo de FFXVI, não sendo lá muito importante para a história principal do jogo. A relação do quarteto que explora a dungeon (Clive, Jill, Joshua e Torgal) também não aproveita os minutos a mais de tela para aprofundar os laços entre eles.

Para acessar a DLC, é preciso ter desbloqueado a Origem (área da batalha final) e concluído duas missões secundárias: “Planos e Vontades” e “Inestimável” (Imagem: Square Enix/Captura de tela)

Ecos dos Decaídos acaba apresentando ideias excelentes que não foram aproveitadas tanto quanto poderiam, o que torna a expansão agridoce, principalmente pela duração curta de três horas e por ser paga — saindo por R$ 53,90 no momento da publicação desta matéria. Afinal, é um conteúdo desproporcional à sua proposta e preço, apesar de divertido e bem-vindo.

Olhando pelo lado bom, Final Fantasy XVI está longe de cometer o mesmo erro que assombra os jogadores de Final Fantasy XV, que foi acusado de ter uma história incompleta, cujas lacunas foram preenchidas pelas DLCs. Mas confesso que adoraria ter visto uma expansão mais consistente e relevante em conteúdo.

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Assim, o jogo comandado por Naoki Yoshida, o Yoshi-P, começa a trilhar um caminho de expansões que atuam como complementos à experiência principal — e Ecos dos Decaídos parece mais um aquecimento para The Rising Tide, uma vez que a segunda DLC promete 10 horas de duração e foco maior em narrativa. Portanto, se as saudades de FFXVI ainda não começaram a apertar, talvez seja melhor esperar pelo que está por vir no próximo capítulo.


Final Fantasy XVI, assim como a DLC Ecos dos Decaídos, está disponível para PlayStation 5.

The Rising Tide, a segunda expansão do jogo, será lançada em 2024, mas segue sem data.

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